segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sebos em Campinas

Neste sábado, eu e a @soraseishin fomos até dois sebos de Campinas. A intenção era passear e ver se achávamos algumas pechinchas. No final, saímos com vários! Gastamos mais ou menos R$ 90 no total, mas levamos seis livros, o que dá uma média de R$ 15 por livro... e eles sairiam fácil por mais de R$ 40, se comprados novos em uma grande livraria!

Vou deixar para ela postar a lista completa dos livros depois no meujardimdelivros.blogspot.com depois ;)

Fomos em dois sebos que ficam de frente um para o outro, na rua José Paulino em Campinas: o Sebo D'Agosto primeiro, e depois no Sebo Iluminações. Foi neste último que fizemos as compras. Os dois lugares são bem grandes e abarrotados de livros. A vasta maioria, no entanto, são livros técnicos, universitários, dicionários, enciclopédias, e obras de pesquisa. Para nós dois que gostamos de romances, tínhamos que caçar.

O D'Agosto não tinha muito a nos oferecer, então fomos para o Iluminações. Ficamos uma boa hora ali, garimpando obras e autores. Ao sair, pegamos um cartão da loja com uma lista de outros sebos de Campinas. Organizando e juntando com a lista que a @soraseishin já tinha pesquisado, fiz um mapa no Google Maps com todos os da lista (são 15), incluindo localização, telefone e site. Os em laranja são os que já visitamos!

Sintam-se à vontade para colaborar! Já sei que existem sebos e lojas de quadrinhos e gibis que estão faltando na lista, então considerem um trabalho em andamento!


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domingo, 28 de novembro de 2010

Resenha: Sherlock (BBC)

Não é um livro, mas assisti recentemente e acho que merece uma resenha... com o intuito de apresentar a mais pessoas esta ótima minissérie!

A BBC produziu a série como parte de uma antologia. São apenas três episódios, mas com 90 minutos cada, que foram ao ar entre Julho e Agosto de 2010. A recepção foi bem positiva e uma nova mini-temporada está programada para "Outono de 2011", o que vai cair mais ou menos nesses meses do ano que vem.

É tempo demais para esperar!

A série é uma adaptação para os dias modernos do famoso e auto-proclamado consultor-detetive de Sir Arthur Conan Doyle. Os personagens são fiéis aos livros, e não apenas isto: o primeiro episódio chama-se "Um Estudo em Rosa", uma alusão ao conto "Um Estudo em Vermelho", que narra o primeiro encontro entre Holmes e Watson e seu primeiro caso em colaboração.

Existem, é claro, algumas liberdades que os roteiristas tomaram, e a história é claramente diferente da do livro (tanto que o nome não é o mesmo, apenas similar). Mas o resultado ficou muito bom! Holmes e Watson possuem aquele humor britânico cru e seco, Lestrade é tão inepto quanto sua encarnação livresca e a história mantém o espectador ligado até o final.

Veredito: altamente recomendado! Resta agora ver os próximos dois episódios e esperar a segunda temporada!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Resenha: Pulp (Charles Bukowski)

Não é fiçcão científica, mas certamente é ficção (pelo menos, espero que seja!), então estou postando aqui esta pequena pérola que terminei de ler em uma manhã preguiçosa de sábado.

Não é um feito notável: o livro não chega a 200 páginas e é tamanho pocket, com letras grandes. Mas o que mais ajuda é que ele... bem, ele não pára, entende?

Pulp é um livro composto de um clichê de detetive atrás do outro. Está tudo lá: Nick Belane, investigador particular, beberrão, que perde toda a sua grana nos cavalos; seus clientes, que vão de mulheres gostosas a maridos traídos, de alienígenas à própria Morte (será ela mesma?); seu escritório, um reduto imundo e mal iluminado com uma poltrona e uma mesinha; becos e bares de última categoria, diálogos chulos, informantes mal-encarados...

Este foi o último livro do autor, terminado poucos meses antes de sua morte, de leucemia, em 1994, aos 73 anos. De certa forma, Bukowski queria fazer uma história ruim, reunindo e exagerando elementos clichês, tramas inverossímeis e personagens ridículos. Mas o resultado ficou interessante justamente por isso: ele é um arquétipo de histórias de detetives, tão forçado que não é para ser levado a sério, mas nem por isso menos divertido.

Experimente ficar sério quando ler uma das cantadas furadas que Belane usa. Ou quando ele resolve casos sem fazer nada que não seja beber, apostar nos cavalos e entrar em brigas. Ou quando ele descreve seus problemas no banheiro de madrugada. Ou quando ele tem um momento de reflexão sobre um sonho que envolvia um cagalhão de elefante. Conseguiu? É, eu sabia que não.

Sendo exagerado, o final é um pouco ruim, mas eu recomendaria o livro pra qualquer um que um dia tenha gostado de histórias noir de detetive.

No Skoob, o livro tem atualmente qualificação de 3.9 estrelas.

sábado, 20 de novembro de 2010

Resenha: Os Próprios Deuses (Isaac Asimov)

Bem, o que dizer sobre este livro? O fato de o autor ser Isaac Asimov é uma garantia de uma estória envolvente, até mais do que o fato de ter ganhado o prêmio Nebula em 1972 e o Hugo em 1973.

Bom, "envolvente" não é o único adjetivo. Sejamos francos, o cara era maluco mesmo. E por isso o livro é tão bom.

A estória é dividida em três partes, cujos nomes são inspirados em uma frase do poeta alemão Friedrich Schiller: "Contra a estupidez, os próprios deuses lutam em vão". Cada arco de estória tem o mesmo problema como pano de fundo -- o desenvolvimento de uma tecnologia que abençoa a humanidade com energia limpa e de graça... ou quase. Na verdade, o desenvolvimento dessa tecnologia é envolto em mistério, e ela pode ter efeitos colaterais imensos... mas por alguma razão tudo sobre isso é abafado.

É até difícil falar mais sobre a história sem spoilers. Asimov a considerou uma das suas próprias favoritas. A forma como ele apresenta novos conceitos para depois revertê-los, ou as minúcias que ele descreve na rotina e nos relacionamentos sociais -- seja de cientistas na Terra, colonos na Lua ou alienígenas em outros universos -- é fantástica.

Mas, um aviso: muitos dos "mistérios tecnológicos" do livro são conceitos físicos avançados, como a existência e viabilidade de isótopos de Plutônio ou as implicações de variações na força nuclear fraca na constituição de estrelas e planetas. Embora eu pessoalmente ache o assunto fascinante, e acredite que não é necessário entender tudo para apreciar o conto, fica a dica: se você não aprecia nem um pouquinho de Física, prepare-se para um livro difícil de deglutir :)