segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Atualização da Lista do Livreiro das Galáxias!

Criei uma lista com 10 livros que pretendo ler em 2011 (mas sempre mantenho a esperança, claro, de que eu leia mais de 100). Vou deixar a lista sempre com 10 livros; se um novo tiver que entrar, algum vai ter que sair, esteja ele lido ou não!

A lista completa está em uma página específica no blog: A Lista do Livreiro das Galáxias

Resumão:

  • Duna (Frank Herbert) 
  • Fundação (Isaac Asimov) x3
  • Gateway (Frederik Pohl)
  • Under The Dome (Stephen King)
  • Dragões de Éter (Raphael Draccon) x2
  • Boneshaker (Cherie Priest)
  • Hawkmistress! (Marion Zimmer Bradley)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Meu Template para Resenhas

Este é um post mais para minha própria organização. Percebi que várias vezes faço uma resenha de um livro mas aponto apenas algumas curiosidades ou fatos esparsos sobre ele e seu autor... quando poderia me aprofundar na obra de forma mais metódica.

Nas minhas próximas resenhas (ou talvez alguma das recentes, retroativamente, se me der na telha), passarei a escrever pelo menos um parágrafo sobre os seguintes aspectos do livro:

Personagens: Minha intenção não é fazer um rol dos personagens e seus papéis, mas refletir sobre a sua profundidade, verossimilhança, e desenvolvimento. Existem personagens que são "realistas" e outros que são "ideais"; "esféricos" e "planos"; "overrated" e "underrated".

Enredo: ou plot, ou roteiro. Novamente, não é para ser um spoiler estruturado; é apenas para pensar se a estória que o autor criou é interessante, se é original, se é consistente. Já li livros onde a história tinha mais furos que a parede do quarto de Sherlock Holmes...

Estilo: Os personagens e o enredo compõem uma parte da obra... mas, existem traços do estilo do autor que podem estragar uma boa combinação, ou redimir uma ruim. Stephen King é capaz de descrever um personagem chato de forma interessante; Charles Bukowski consegue narrar uma estória ridícula de forma engraçada.

Tentarei seguir esta fórmula daqui pra frente :)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Resenha: I Am Number Four

Vou fazer a resenha deste livro de forma um pouco mais detalhada que os outros. Então cuidado, alguns spoilers leves à frente!

Quando a @soraseishin não conseguiu largar o livro desde que nós o compramos meio que sem aviso na FNAC, percebi que tinha uma história ali. Tive que esperá-la terminar antes de ler... e tive de terminar o livro antes de ler a resenha dela!

Primeiro, o básico: "I Am Number Four" é um livro de ficção para Young Adults, escrito por um autor (Pittacus Lore) que na verdade é um personagem da trama, embora seja apenas mencionado brevemente neste primeiro livro. Os autores reais são Jobie Hughes e James Frey. O livro ainda não possui uma edição nacional: nós o lemos em inglês mesmo, e não é uma leitura difícil. Pelo contrário, os autores souberam prender a atenção: é realmente difícil largar o livro quando a ação começa... e ela quase não pára!


O enredo tem elementos de ficção científica, magia, sobrenatural, e rotina adolescente, misturados de uma forma bem interessante. A trama, resumidamente, acompanha os sobreviventes do planeta Lorien e seus esforços para se misturar à população da Terra enquanto se escondem dos Mogadorianos, outros alienígenas empenhados em eliminar os Lorianos.

O planeta Lorien passou pelos mesmos problemas da Terra de hoje (superpopulação, consumo desenfreado, poluição, destruição...). Mas a sociedade de lá resolveu esses problemas. Depois de alguns séculos de prosperidade, no entanto, eles foram atacados de supresa pelos Mogadorianos (em um evento estranhamente mal-explicado), e toda a vida no planeta foi erradicada.

Durante a confusão do ataque, alguns Lorianos conseguem escapar, e fogem para a Terra para se esconder. Os sobreviventes incluem nove crianças, protegidas por uma mágica que os torna invulneráveis, a menos que sejam mortos na ordem correta. Quando o livro começa, três já foram mortos; a história é narrada pelo quarto sobrevivente, e ele está sendo literalmente caçado.


John Smith (um dos muitos nomes que o quarto Loriano usa) é um adolescente ciente de sua condição e importância. Ele tem que se fazer passar por ser humano para se disfarçar. Mas, criado na Terra desde bebê, ele também sofre os mesmos problemas sociais de sempre: relacionamentos amorosos, rivalidade, desconfiança e preconceito.

Quando comecei a ler, achei que o Número Quatro seria mais um Clark Kent/Super-homem clichê. Mas não foi o que aconteceu: é verdade que ele possui poderes fortes (ele está na verdade esperando todas as suas habilidades se manifestarem), mas não é o bastante para vencer tudo e todos. Ele precisa usar a cabeça. Ele precisa da ajuda dos outros. E ele não usa a cueca por cima da calça em momento algum ;)

Pontos positivos: cenas de ação bem detalhadas, que provavelmente foram feitas já pensando no filme. Outra coisa interessante é o fato do foco narrativo ser no presente... Número Quatro nos narra os acontecimentos conforme eles ocorrem, que é um gratificante contraste com o pretérito que estamos acostumados.

Pior parte? O livro é parte de uma série, Loriem Legacies, que não vai ver o segundo livro antes da metade de 2011. Por outro lado, como a @soraseishin descobriu, já existem trailers para o filme do livro que será lançado provavelmente antes de Março do ano que vem. Resta agora aguardar!

Na página do livro no Skoob, a avaliação é de 4.3 estrelas. Justo!

A propósito, para os que já leram o livro, existe um fansite criado com alguns quiz e mídia sobre o livro/filme. Imagino que o buzz sobre o próximo livro vai sair lá primeiro: http://iamnumberfourfans.com/

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sebos em Campinas

Neste sábado, eu e a @soraseishin fomos até dois sebos de Campinas. A intenção era passear e ver se achávamos algumas pechinchas. No final, saímos com vários! Gastamos mais ou menos R$ 90 no total, mas levamos seis livros, o que dá uma média de R$ 15 por livro... e eles sairiam fácil por mais de R$ 40, se comprados novos em uma grande livraria!

Vou deixar para ela postar a lista completa dos livros depois no meujardimdelivros.blogspot.com depois ;)

Fomos em dois sebos que ficam de frente um para o outro, na rua José Paulino em Campinas: o Sebo D'Agosto primeiro, e depois no Sebo Iluminações. Foi neste último que fizemos as compras. Os dois lugares são bem grandes e abarrotados de livros. A vasta maioria, no entanto, são livros técnicos, universitários, dicionários, enciclopédias, e obras de pesquisa. Para nós dois que gostamos de romances, tínhamos que caçar.

O D'Agosto não tinha muito a nos oferecer, então fomos para o Iluminações. Ficamos uma boa hora ali, garimpando obras e autores. Ao sair, pegamos um cartão da loja com uma lista de outros sebos de Campinas. Organizando e juntando com a lista que a @soraseishin já tinha pesquisado, fiz um mapa no Google Maps com todos os da lista (são 15), incluindo localização, telefone e site. Os em laranja são os que já visitamos!

Sintam-se à vontade para colaborar! Já sei que existem sebos e lojas de quadrinhos e gibis que estão faltando na lista, então considerem um trabalho em andamento!


View Sebos Campinas in a larger map

domingo, 28 de novembro de 2010

Resenha: Sherlock (BBC)

Não é um livro, mas assisti recentemente e acho que merece uma resenha... com o intuito de apresentar a mais pessoas esta ótima minissérie!

A BBC produziu a série como parte de uma antologia. São apenas três episódios, mas com 90 minutos cada, que foram ao ar entre Julho e Agosto de 2010. A recepção foi bem positiva e uma nova mini-temporada está programada para "Outono de 2011", o que vai cair mais ou menos nesses meses do ano que vem.

É tempo demais para esperar!

A série é uma adaptação para os dias modernos do famoso e auto-proclamado consultor-detetive de Sir Arthur Conan Doyle. Os personagens são fiéis aos livros, e não apenas isto: o primeiro episódio chama-se "Um Estudo em Rosa", uma alusão ao conto "Um Estudo em Vermelho", que narra o primeiro encontro entre Holmes e Watson e seu primeiro caso em colaboração.

Existem, é claro, algumas liberdades que os roteiristas tomaram, e a história é claramente diferente da do livro (tanto que o nome não é o mesmo, apenas similar). Mas o resultado ficou muito bom! Holmes e Watson possuem aquele humor britânico cru e seco, Lestrade é tão inepto quanto sua encarnação livresca e a história mantém o espectador ligado até o final.

Veredito: altamente recomendado! Resta agora ver os próximos dois episódios e esperar a segunda temporada!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Resenha: Pulp (Charles Bukowski)

Não é fiçcão científica, mas certamente é ficção (pelo menos, espero que seja!), então estou postando aqui esta pequena pérola que terminei de ler em uma manhã preguiçosa de sábado.

Não é um feito notável: o livro não chega a 200 páginas e é tamanho pocket, com letras grandes. Mas o que mais ajuda é que ele... bem, ele não pára, entende?

Pulp é um livro composto de um clichê de detetive atrás do outro. Está tudo lá: Nick Belane, investigador particular, beberrão, que perde toda a sua grana nos cavalos; seus clientes, que vão de mulheres gostosas a maridos traídos, de alienígenas à própria Morte (será ela mesma?); seu escritório, um reduto imundo e mal iluminado com uma poltrona e uma mesinha; becos e bares de última categoria, diálogos chulos, informantes mal-encarados...

Este foi o último livro do autor, terminado poucos meses antes de sua morte, de leucemia, em 1994, aos 73 anos. De certa forma, Bukowski queria fazer uma história ruim, reunindo e exagerando elementos clichês, tramas inverossímeis e personagens ridículos. Mas o resultado ficou interessante justamente por isso: ele é um arquétipo de histórias de detetives, tão forçado que não é para ser levado a sério, mas nem por isso menos divertido.

Experimente ficar sério quando ler uma das cantadas furadas que Belane usa. Ou quando ele resolve casos sem fazer nada que não seja beber, apostar nos cavalos e entrar em brigas. Ou quando ele descreve seus problemas no banheiro de madrugada. Ou quando ele tem um momento de reflexão sobre um sonho que envolvia um cagalhão de elefante. Conseguiu? É, eu sabia que não.

Sendo exagerado, o final é um pouco ruim, mas eu recomendaria o livro pra qualquer um que um dia tenha gostado de histórias noir de detetive.

No Skoob, o livro tem atualmente qualificação de 3.9 estrelas.

sábado, 20 de novembro de 2010

Resenha: Os Próprios Deuses (Isaac Asimov)

Bem, o que dizer sobre este livro? O fato de o autor ser Isaac Asimov é uma garantia de uma estória envolvente, até mais do que o fato de ter ganhado o prêmio Nebula em 1972 e o Hugo em 1973.

Bom, "envolvente" não é o único adjetivo. Sejamos francos, o cara era maluco mesmo. E por isso o livro é tão bom.

A estória é dividida em três partes, cujos nomes são inspirados em uma frase do poeta alemão Friedrich Schiller: "Contra a estupidez, os próprios deuses lutam em vão". Cada arco de estória tem o mesmo problema como pano de fundo -- o desenvolvimento de uma tecnologia que abençoa a humanidade com energia limpa e de graça... ou quase. Na verdade, o desenvolvimento dessa tecnologia é envolto em mistério, e ela pode ter efeitos colaterais imensos... mas por alguma razão tudo sobre isso é abafado.

É até difícil falar mais sobre a história sem spoilers. Asimov a considerou uma das suas próprias favoritas. A forma como ele apresenta novos conceitos para depois revertê-los, ou as minúcias que ele descreve na rotina e nos relacionamentos sociais -- seja de cientistas na Terra, colonos na Lua ou alienígenas em outros universos -- é fantástica.

Mas, um aviso: muitos dos "mistérios tecnológicos" do livro são conceitos físicos avançados, como a existência e viabilidade de isótopos de Plutônio ou as implicações de variações na força nuclear fraca na constituição de estrelas e planetas. Embora eu pessoalmente ache o assunto fascinante, e acredite que não é necessário entender tudo para apreciar o conto, fica a dica: se você não aprecia nem um pouquinho de Física, prepare-se para um livro difícil de deglutir :)